O câncer é abordado de diferentes maneiras e em diversas longas metragens na cidade produtora da sétima arte. Por ser sempre um tema muito delicado a melhor dica que Wollywood nos mostra é o bom senso ao se tocar no assunto.
O filme Nas Ondas da Vida (Ocean Tribe) de 1997 traz uma história interessante onde um de quatro velhos e bons amigos surfistas acaba sofrendo de câncer. Quando Bobby (a personagem com a doença) já está em estado terminal, sem mais chances de cura, seus outros três amigos o seqüestram do hospital e o levam para o México para surfar e relembrar os bons momentos que passaram juntos. O filme é bem emocional prendendo sua atenção na tela com um toque de esperança que vai até o final, além de ser uma “aula” de amizade.
Já em Uma Prova de Amor (My Sister’s Keeper) o tema já é abordado de uma maneira bem mais pesada, onde Anna (Abigail Breslin) com apenas treze anos já foi submetida a diversas cirurgias, transfusões, internações e consultas médicas para que sua irmã mais velha, Kate (Sofia Vassilieva) tentasse de alguma maneira, lutar contra um câncer que lhe atinge desde a infância. A trama se desenrola quando Anna processa os pais para obter emancipação médica e os direitos sobre seu próprio corpo. O filme mostra que uma mãe é capaz de dar tudo por sua filha e fazer qualquer coisa para salva-la em uma brilhante interpretação de Cameron Diaz, como Sara Fitzgerald. O filme com um tom de alta dramaticidade mostra como uma família aprendeu, ou tenta aprender, a conviver com uma doença tão devastadora.
O mais recente longa a tratar do assunto é o 50/50, em um tom bem mais leve, o filme mostra uma outra maneira de se falar de câncer sem precisar ficar uma hora e meia em agonia com a história. É claro que o filme tem seu tom de dramaticidade, ainda mais nas cenas em que Adam (Joseph Gordon-Levitt) descobre, encara a realidade e o alto risco da doença. Porém, um filme que conta com Seth Rogen, que faz o papel do melhor amigo de Adam , não pode ser um filme sem comédia. Então o longa acaba equilibrando muito bem o tom da dramaticidade e da comédia se tornando um relato cômico sobre o diagnóstico de câncer em um homem de apenas 27 anos.